19 de novembro de 2009

Biografia sobre Clarice Lispector chega às livrarias

O  livro Clarice, escrito pelo jornalista norte-americano Benjamin Moser, chega às livrarias. A  biografia sobre Clarice Lispector (1920-1977), recebeu críticas positivas nos Estados Unidos.
Uma mulher nascida na Ucrânia e viveu em Alagoas, Pernambuco, Pará, Itália, Suíça e EUA. Mas o cenário mais presente em sua obra é o Rio de Janeiro, pra onde se mudou aos 14 anos, em 1935. Foi na capital fluminense que se formou como escritora, com leituras na adolescência e amizades intelectuais na juventude. E foi aqui que ela morreu um dia antes de completar 57 anos, em 9 de dezembro de 1977.
Uma mulher completa foi mãe, esposa, jornalista, dona de casa, escritora, viajante, culta com um vocabulário extenso, que através das palavras a cada dia se conhecia mais e mais. “Sempre tive um profundo senso de aventuras, e a palavra profundo está aí querendo dizer inerente. Este senso de aventura é o que me dá o que tenho de aproximação mais lenta e real em relação a viver e, de cambulhada, a escrever”



Várias fases de Clarice


Escritora Clarice Lispector em meados dos anos 60


Capa da edição norte-americana da biografia de Clarice Lispector

 
Capa do livro no Brasil

Livro
Título: Clarice
Autor: Benjamin Moser
Tradução: José Geraldo Couto
Editora: Cosac Naify
Ano: 2009
Idioma: Português

Frases de Clarice Lispector

"Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.”

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento".

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".

"Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho".

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida".

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo".

Fotos: Divulgação

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